Propaganda sem noção.

De propaganda ruim o mundo tá cheio, afinal as boas propagandas são raridades pois conseguem sintetizar uma série de fatores culturais e locais onde a comunicação se torna tão intima que acaba por envolver o público de forma sublime.

Mas ainda existe uma questão que atormenta muitas cabeças por ai.

A melhor propaganda é a que comunica com qualidade ou simplesmente a que ajuda a vender mais?

Ambas tem seu espaço no mercado, e ambas têm destinos distintos para públicos diversos.

Um exemplo clássico são as propagandas da Casas Bahia, rápida, direta, com preço em tudo, sem nenhum recursos especial intrusivo ou impactante. O negócio é vender para a classe C, D, E, F e ai por diante, este público não vai conseguir entender conceitos que exigem um nível muito elevado de cultura estrangeira ou uma referência forte as artes de alto-padrão extremamente elitistas, muito pelo contrário, este público quer saber do que têm disponível, quanto custa e o mais importante, o que está em oferta.

Tá certo que amo as propagandas "elitistas", até porque me encaixo bem no perfil semi-burguês-rebelde... hehehhee.... mas não quer dizer que eu não tenho a capacidade de decernir sobre a comunicação que se encaixa melhor ao gosto de determinado público, estando este público acima ou abaixo da classe a qual pertenço.

Mas o imperdoável mesmo são aquelas propagandas absolutamente sem noção como a da foto que coloquei acima.

Quer causar impacto? Ok! Existem milhões de motivos e causas que podem te ajudar a alcançar o "impacto", mas brincar com trocadilhos de tragédias vai além da conta do bom senso e do bom gosto.

Fica aqui um viva aos comunicadores e críticos de plantão que amam a arte da comunicação e que entendem a diferença entre comunicação dirigida e comunicação de massas, que possam construir a comunicação de impacto sem impactar o bom senso e a ética da propaganda.

Fui!