Pesquisa personalizada

quarta-feira, agosto 22, 2007

Voltando a Bloggar!

Depois de uma imensidão de tempo, 20 dias, e uma boa puxada de orelha da minha amiga Renata Pestana, resolvi voltar a postar no Diariamente.

Nestas últimas três semanas o bixo literalmente pegou, trabalho novo, muito trabalho, meu Pai necessitava de cuidados e tinha que visitá-lo todas as noites, enfim... pouco tempo para blog! Isso porque quase que não sai blog nenhum hoje. Quando cheguei em casa a Nina tinha literalmente destruído duas almofadas na sala e parte do canto do sofá. Aaafffffffff....

Estresse inútil, uma vez que ela não faz por mal, faz por pirraça mesmo. ;o)

Diferente do que andava fazendo anteriormente aqui no Diariamente, postar coisas que vi por ai, resolvi dessa vez contar uma historinha sobre minha infância, bem curtinha mesmo.

Perto da minha casa onde morei toda minha infância e juventude existia a Quitanda do Seu Rômulo. Era uma maravilha, ficava na Barão de Limeira nos Campos Elíseos, centro da cidade. O homem tinha uma Quitanda completa, nada de luxo, o negócio dele era servir bem os clientes. Ele tinha um ajudante, carinhosamente apelidado pelos vizinhos de Didi, mas na verdade ele tinha mais cara de Mussum do que de Didi.

O atendimento era primordial, tudo podia ser pendurado, o bom e velho caderninho do seu Rômulo nunca falhava.

Me lembro das vezes que meu Pai viajava para julgar lutas no exterior e minha Mãe pedia para o Seu Rômulo entregar em casa o leite e o pão pela manhã. Que maravilha que era aquilo, ninguém na região fazia isso, só o Seu Rômulo mesmo que fazia este tipo de coisa.

Para mim era uma beleza, tomava sorvete, comia bolo, e balas aaaaaa muitas balas, ele tinha uma daquelas baleras de vidro giratórias sabe. Dois andares de pura cor e sabor!

Pois é depois de muitos anos a vendinha do seu Rômulo fechou, e nunca mais ouvi falar dele ou do paradeiro dele. Fechou porque ele se aposentou, bem pelo menos foi isso que os vizinhos comentavam na época.

Mas lembrando do Seu Rômulo outro dia me veio a cabeça de um tempo onde o serviço de delivery já existia, onde o controle do caixa e de encomendas por telefone já existiam, um tempo onde o CRM que não falhava cabia em uma caderneta e o caixa era uma gaveta com divisórias de madeira onde o dinheiro estava em total segurança.

Tirando as balas e chicletes Ploc que eu e meus amigos de vez em quando pegávamos a mais enquanto o Didi pegava o troco no caixa tudo sempre funcionou certinho e o estoque do seu Rômulo, nunca teve nada em falta, muito pelo contrário, ele sempre foi o primeiro a ter as mais recentes novidades do mundo das guloseimas, petiscos e afins.

Que saudade da Quitanda do Seu Rômulo onde tudo funcionava sem computador.

Que saudade!

t+!

Nenhum comentário: